DESENHO COMO DOM ARTÍSTICO OU HABILIDADE A SER DESENVOLVIDA NA PERSPECTIVA DA PSICOLOGIA ANALÍTICA
DOI:
https://doi.org/10.56238/revgeov16n4-066Palavras-chave:
Desenho, Dom Artístico, Criatividade, Psicologia AnalíticaResumo
Este trabalho tem como título “Desenho como Dom Artístico ou Habilidade a ser Desenvolvida na Perspectiva da Psicologia Analítica”. O problema nasce de uma inquietação em relação a associação que as pessoas fazem do desenho com talento artístico, perdendo o interesse por essa atividade ao longo do desenvolvimento e afirmando que não sabem desenhar. O objetivo deste trabalho é analisar os desdobramentos da compreensão do desenho enquanto talento artístico ou habilidade a ser desenvolvida considerando a perspectiva da psicologia analítica. Nesse sentido exposto, enfoca-se os temas: desenho, talento artístico, criatividade e psicologia analítica. A metodologia, por sua vez, se utiliza de Paradigma Junguiano de Pesquisa, Revisão de Literatura e a Revisão Sistemática. O estudo mostrou, consequentemente, que as associações do desenho como dom artístico limitam a criação infantil e ocasionam distorções sobre o ensino artístico, já as associações do desenho como habilidade a ser desenvolvida consideram que todos têm a capacidade criadora de desenhar, inclusive adultos que pararam de desenhar ainda na infância.
Downloads
Referências
ACASO, María. La Educación Artística no son Manualidades: novas prácticas em la enseñanza de las artes y la cultura visual. Madrid: Catarata, 2006.
ADORNO, Theodor W. Teoria Estética. São Paulo: Martins Fontes, 1982.
ALBUQUERQUE, Isabel Ribeiro. O Desenho como Ideia. Arte teoria. vol. 8, p. 223-232. Lisboa, 2006. Disponível em: <https://repositorio.ul.pt/handle/10451/15766>. Acesso em: 08 ago. 2021.
ARAÚJO, F. T. de. Estudantes superdotados e talentosos: a visão de educadores em artes visuais. Dissertação (Mestrado em Artes Visuais) – Instituto de Artes, Universidade de Brasília. Brasília, 2014.
BALISCEI, J. P.; LACERDA, E.; TERUYA, T. K. “Eu não sei desenhar”: questionando dons e outras habilidades supostamente excepcionais presentes no ensino de arte. Rev. Imagens da Educação, vol. 8, n. 1, 2018. Disponível em: <https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ImagensEduc/article/view/32375/pdf>. Acesso em: 14 mar. 2021.
BARCELLOS, Gustavo. Jung, Junguianos e Arte: uma breve apreciação. Pro-Posições, vol. 15, n. 1, 2004. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8643841/11321>. Acesso em: 04 out. 2021.
BERK, Tjeu van Den. Jung on Art: the autonomy of the creative drive. Routledge: New York, 2012.
BOSI, A. Reflexões sobre a Arte. Editora Ática: São Paulo, 1986.
BUENO, M. L. Do moderno ao contemporâneo: uma perspectiva sociológica da modernidade nas Artes Plásticas. Revista de Ciências Sociais, vol. 41, n. 1, p. 27-47, 2010. Disponível em: <http://www.periodicos.ufc.br/revcienso/article/view/468/450>. Acesso em: 28 abr. 2021.
CABRAL, J. de O.; SANTOS, L. B. Um Olhar Sobre Partilha Sensível nas Artes Cênicas. Revista Cena, Porto Alegre, nº 32, p. 312-318 set./dez. 2020. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/cena/article/view/102104. Acesso em: 01 nov 2021.
COLI, J. O que é Arte. Editora Brasiliense: São Paulo, 1995.
COMTE, Augusto. Discurso sobre o espírito positivo. Tradução de Maria Ermantina Galvão G. Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
COSTA, A. B.; ZOLTOWSKI, A. P. Manual de Produção Científica. Porto Alegre: Penso, 2014.
DOMINATO JÚNIOR, J. et al. O desenho que transcende as linhas intencionais e traços espontâneos sobre uma folha de papel em branco. Colloquium Humanarum, vol. 9, n. Especial, 2012. Disponível em: <http://www.unoeste.br/site/enepe/2012/suplementos/area/Humanarum/Linguistica,%20Letras%20e%20Artes/Artes/O%20DESENHO%20QUE%20TRANSCENDE%20AS%20LINHAS%20INTENCIONAIS%20E%20%20TRA%C3%87OS%20ESPONT%C3%82NEOS%20SOBRE%20UMA%20FOLHA%20DE%20PAPEL%20EM%20BRANCO.pdf>. Acesso em: 14 mar. 2021.
DOMINGOS, M. C. “Não sei desenhar...”: Desenvolvimento da expressividade no desenho. Dissertação (Mestrado em Ensino das Artes Visuais) – Instituto de Educação, Universidade de Lisboa. Lisboa, 2016. Disponível em: <https://repositorio.ul.pt/handle/10451/28198>. Acesso em: 30 mar. 2021.
DUMMAR FILHO, J. O Complexo Criativo: o inconsciente coletivo e a transcendência. Editora Vozes: Petrópolis, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. Paz e Terra: São Paulo, 2005.
FURTH, G. M. O Mundo Secreto dos Desenhos: uma abordagem junguiana da cura pela arte. Paulus: São Paulo, 2004.
GOLDBERG, L. G.; SALES, A. C. A Importância do Estudo do Grafismo Infantil para a Formação do Pedagogo na UFC. III Encontro Internacional sobre Educação Artística. Anais do III... Juazeiro do Norte, Ceará, 2014. Disponível em: <https://www.academia.edu/9810560>. Acesso em: 14 out. 2021.
GRINBERG, Luiz Paulo. Jung: O homem criativo, São Paulo: FTD, 2003.
HALL, C. S.; NORDBY, V. J. Introdução à Psicologia Junguiana. São Paulo: Cultrix, 2014.
HILLMAN, J. O Livro do Puer: ensaios sobre o Arquétipo do Puer Aeternus. São Paulo: Paulus, 1998.
HOHENDORFF, J. V. Como Escrever um Artigo de Revisão de Literatura. Porto Alegre: Penso, 2014.
ISODA, G. T. de T. Sobre desenho: estudo teórico-visual. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2013. Disponível em: <https://teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16134/tde-12082013-100125/publico/sobredesenho_giltokio.pdf>. Acesso em: 29 abr. 2021.
JACOBI, Jolande. Complexo, arquétipo e símbolo na psicologia de C. G. Jung. Vozes: Petrópolis, Rio de Janeiro, 2017.
JANSON, H. W.; JANSON, A. Iniciação à História da Arte. 2. ed. Martins Fontes: São Paulo, 1996.
JUNG, C. G. O Desenvolvimento da Personalidade. Vol. XVII. Petrópolis: Vozes, 1998.
JUNG, C. G. O eu e o inconsciente. In: Obras Completas de C. G. Jung, vol. VII/2. Vozes: Petrópolis, 2011.
JUNG, C. G. O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1964.
JUNG, C. G. Os arquétipos e o inconsciente coletivo. In: Obras Completas de C. G. Jung, vol. IX/1. Vozes: Petrópolis, 2011.
JUNG, C. G. Psicologia e poesia. In: O espírito na arte e na ciência. Petrópolis, Vozes, 1985.
JUNG, C. G. Símbolos da Transformação. Petrópolis: Vozes, 1986.
KAST, Verena. A dinâmica dos símbolos: fundamentos da psicoterapia junguiana. Edições Loyola: São Paulo, 1997.
LOWENFELD, V. A Criança e sua Arte. 2 ed. Mestre Jou: São Paulo, 1977.
LUBART, T. Psicologia da criatividade. Porto Alegre: Artmed, 2007.
MARTINS, B. A. Alunos precoces com indicadores de altas habilidades/superdotação no ensino fundamental I: identificação e situação (des)favorecedoras em sala de aula. Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista (UNESP). Marília, 2013. Disponível em: <https://repositorio.unesp.br/handle/11449/91210>. Acesso em: 30 abr. 2021.
MOREIRA, A. A. A. O espaço do desenho: a educação do educador. Edições Loyola, São Paulo, 1991.
OSTROWER, F. Criatividade e Processos de Criação. 15ª ed. Vozes: Rio de Janeiro, 2001.
PENNA, E. M. D. O paradigma junguiano no contexto da metodologia qualitativa de pesquisa. Psicologia USP, São Paulo, vol. 16, n. 3, p. 71-94, 2005.
PENNA, E. M. D. Processamento simbólico arquetípico: uma proposta de método de pesquisa em psicologia analítica. Tese (Doutorado em Psicologia Clínia). Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2009.
PORCHER, Louis. Educação Artística: luxo ou necessidade? São Paulo: Summus, 1982.
RANCIÈRE, Jacques. A revolução estética e seus resultados. Projeto Revoluções, New Left Review 14, Março-Abril 2002, pp. 133- 15. Disponível em: http://newleftreview.org/. Acesso em 01/11/2021.
SALLES, F. M. O Processo Criativo da Arte: uma abordagem junguiana. Congresso Mundial de Comunicação e Arte – WCCA 2019. Anais do... Salvador, 2019. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/334960192>. Acesso em: 29 abr. 2021.
SALLES, F. M. Sobre a necessidade da Arte: uma abordagem junguiana. Revista Educação, Artes e Inclusão. vol. 16, n. 1, Jan/Mar, 2020. Disponível em: <https://periodicos.udesc.br/index.php/arteinclusao/article/view/13070>. Acesso em: 12 out. 2021.
SANTANA, W. P.; SANTANA, R. P. O valor histórico do desenho e sua importância para o desenvolvimento da criança. Revista Mediação, vol. 14, n. 1, p. 70-82, 2019. Disponível em: <https://www.revista.ueg.br/index.php/mediacao/article/view/7523>. Acesso em: 30 abr. 2021.
SILVA, G. N. da S.; PADILHA, K. T.; HUBEL, S. S. O desenho na história da arte. Revista Maiêutica, vol. 5, n. 1, p. 53-64, 2018. Disponível em: <https://core.ac.uk/download/pdf/228914486.pdf>. Acesso em: 30 abr. 2021.
SILVEIRA, N. Jung: vida e obra. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
SUASSUNA, Ariano. Iniciação à estética. José Olympio: Rio de Janeiro, 2012.
VELÁZQUEZ, Carlos. Mas afinal, o que é estética? Por uma redescoberta da educação sensível. Chiado: São Paulo, 2015.
VON FRANZ, Marie-Louise. O Caminho dos Sonhos. São Paulo: Cultrix, 1992.
