VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER EM ALAGOAS: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA, FATORES SOCIOECONÔMICOS E IMPACTO PSICOSOCIAL
DOI:
https://doi.org/10.56238/revgeov16n5-032Palavras-chave:
Violência Contra a Mulher, Alagoas, Epidemiologia, Fatores Socioeconômicos, Saúde MentalResumo
A violência contra a mulher é um grave problema de saúde pública e de direitos humanos, afetando diretamente a integridade física e mental das vítimas. Este estudo analisou a prevalência de violência contra a mulher em Alagoas utilizando dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da central Ligue 180. Foram avaliados impactos socioeconômicos, demográficos e psiquiátricos, incluindo depressão, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático. Mulheres jovens, negras, com baixa escolaridade e renda familiar inferior a dois salários mínimos foram identificadas como grupo de maior risco. Predominaram a violência psicológica e física, enquanto formas menos visíveis de abuso foram subnotificadas. As políticas públicas implementadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo notificação obrigatória de casos e programas de prevenção em unidades de saúde, abordam parcialmente o problema, mas a cobertura ainda é insuficiente. O estudo destaca a necessidade urgente de políticas integradas, fortalecimento das redes de apoio e capacitação contínua de profissionais em saúde, educação e segurança.
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