AVALIAÇÃO DO BIOPROTETOR DA AGRODALPIVA EM COMPARAÇÃO AO MANCOZEB NO MANEJO DE PHAKOPSORA PACHYRHIZI EM CULTIVO DE SOJA

Autores

  • Antonio Junior Dal Piva
  • Cristiano Reschke Lajús
  • Éttore Guilherme Poletto Diel
  • Fábio José Busnello
  • Magdalena Reschke Lajús Travi
  • Aline Vanessa Sauer

DOI:

https://doi.org/10.56238/revgeov16n5-239

Palavras-chave:

Phakopsora pachyrhizi, Bioprotetor, Mancozeb

Resumo

A soja é a principal cultura agrícola do Brasil, cultivada em todas as regiões do país, e sua produtividade é fortemente influenciada por fatores bióticos e abióticos. Dentre os problemas bióticos, as doenças fúngicas se destacam, sendo a ferrugem asiática, causada por Phakopsora pachyrhizi, a mais severa. O controle dessa doença baseia-se no manejo integrado, com o uso de fungicidas químicos associado ao vazio sanitário e ao uso de cultivares resistentes. No entanto, a elevada capacidade adaptativa do patógeno tem impulsionado o desenvolvimento de novas estratégias de controle. Este trabalho teve como objetivo avaliar o desempenho agronômico do “Bioprotetor da Agrodalpiva” como alternativa ao mancozeb no manejo de P. pachyrhizi em soja. Foram testadas três doses (0,5; 1,0; e 2,0) do Bioprotetor, aplicadas em mistura com os fungicidas sistêmicos Score Flexi, Mitrion e Cypres, em três momentos distintos: aos 21, 35 e 49 dias após a emergência (DAE). O controle positivo consistiu no uso de mancozeb associado aos mesmos fungicidas, e o controle negativo foi composto por plantas não pulverizadas. A eficiência dos manejos foi avaliada com base na severidade da ferrugem (escala diagramática), na área abaixo da curva de progresso da doença (AUDPC), na altura das plantas, no teor de clorofila e no acúmulo de matéria seca. Os resultados demonstraram redução significativa da severidade e da esporulação do fungo nas plantas tratadas com Bioprotetor + fungicidas sistêmicos e com mancozeb + fungicidas sistêmicos, em comparação ao controle negativo. No entanto, as plantas tratadas com mancozeb apresentaram maior acúmulo de matéria seca na parte aérea e nas vagens. As doses mais elevadas do Bioprotetor não igualaram o desempenho do mancozeb quanto à biomassa, embora todas tenham sido eficazes na redução da doença.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Bergamin Filho, A.; Amorim, L.; Rezende, J.A.M. Controle químico. In: Manual de Fitopatologia: Princípios e Conceitos. 4. Ed. São paulo: agronômica ceres, 2011. V. 1, p. 761–785.

CRUZ, Maria Fernanda Antunes et al. Soybean resistance to Phakopsora pachyrhizi as affected by acibenzolar‐S‐methyl, jasmonic acid and silicon. Journal of Phytopathology, v. 162, n. 2, p. 133-136, 2014.

FONTES, Bianca Apolônio et al. Resistência da soja contra infecção por Phakopsora pachyrhizi é induzida por um fosfito de níquel e potássio. Plants, v. 13, n. 22, p. 3161, 2024.

Franceschi, V.T.; Alves, K.S.; Mazaro, S.M.; Godoy, C.V.; Duarte, H.S.; Del Ponte, E.M. Um novo diagrama de área padrão para avaliação da severidade da ferrugem da soja melhora a precisão das estimativas e otimiza o uso de recursos. Fitopatologia, 69, 495-505, 2020.

HOSSEINI, Behnoush; VOEGELE, Ralf Thomas; LINK, Tobias Immanuel. Diagnosis of soybean diseases caused by fungal and oomycete pathogens: Existing methods and new developments. Journal of Fungi, v. 9, n. 5, p. 587, 2023.

KLOSOWSKI, Ana C. et al. Detecção da mutação F129L no gene do citocromo b em Phakopsora pachyrhizi. Pest Management Science, v. 72, n. 6, p. 1211-1215, 2016.

KUMUDINI, S. et al. Mecanismos envolvidos na redução da produtividade induzida pela ferrugem da soja. Crop Science, v. 48, n. 6, p. 2334-2342, 2008.

LIANG, Yongchao et al. Tolerância ao estresse salino mediada por silício. Silício na Agricultura: Da Teoria à Prática, p. 123-142, 2015.

MAPA – Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. As exportações do agronegócio brasileiro ultrapassarão US$ 153 bilhões em 2024. Brasília, 2024. Disponível em:< https://www.gov.br/agricultura/en/news/brazilian-agribusiness-exports-surpass-usd-153-billion-in-2024>.

SCHMITZ, Helena K. et al. Sensibilidade de Phakopsora pachyrhizi a inibidores de quinona externa e inibidores de desmetilação, e mecanismos de resistência correspondentes. Pest Management Science, v. 70, n. 3, p. 378-388, 2014.

SIMÕES, Kelly et al. Primeira detecção de uma variante de SDH com sensibilidade reduzida à SDHI em Phakopsora pachyrhizi. Journal of Plant Diseases and Protection, v. 125, n. 1, p. 21-26, 2018.

Downloads

Publicado

2025-12-04

Como Citar

Dal Piva, A. J., Lajús, C. R., Diel, Éttore G. P., Busnello, F. J., Travi, M. R. L., & Sauer, A. V. (2025). AVALIAÇÃO DO BIOPROTETOR DA AGRODALPIVA EM COMPARAÇÃO AO MANCOZEB NO MANEJO DE PHAKOPSORA PACHYRHIZI EM CULTIVO DE SOJA. Revista De Geopolítica, 16(5), e1092. https://doi.org/10.56238/revgeov16n5-239