As relações geopolíticas China-Mianmar e o golpe militar de 2021

Autores

  • Tales Henrique Nascimento Simões Universidade de São Paulo (USP)

Palavras-chave:

Geopolítica, China, Mianmar

Resumo

Este artigo busca demonstrar que, em contraposição às análises que veem na China um aliado de primeira hora dos militares de Mianmar, é errôneo presumir que os chineses se beneficiem amplamente do golpe militar birmanês de fevereiro de 2021. Por meio de uma visão crítica e realista, analisaremos o desenvolvimento histórico das relações entre os dois Estados e abordaremos as consequências geopolíticas da transição democrática em Mianmar e da recente ruptura institucional para a China no contexto de competição estratégica com os Estados Unidos na região. Concluímos que o principal objetivo da China com relação à Mianmar consiste na manutenção de um grau razoável de estabilidade para que seus investimentos não sejam atravancados, sobretudo os projetos geoestratégicos da Nova Rota da Seda.

Biografia do Autor

  • Tales Henrique Nascimento Simões, Universidade de São Paulo (USP)

    Mestre em Geografia Humana pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana da Universidade de São Paulo (PPGH/USP) e doutorando em Geografia Humana pela mesma instituição. Realizou estágio doutoral na Universidade Thammasat (Bangkok, Tailândia). Membro pesquisador do Laboratório de Geografia Política da Universidade de São Paulo (GEOPO - FFLCH/USP) e integrante do Grupo de Estudos sobre Ásia do Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais (NUPRI-USP). Possui pesquisa e especialidade nas áreas da Geografia Política, Geopolítica e Relações Internacionais, com enfoque na América do Sul e na Ásia (Sudeste Asiático e China), e nos temas do regionalismo, política externa, segurança e defesa e geopolítica global.

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Publicado

2023-04-10

Como Citar

Simões, T. H. N. (2023). As relações geopolíticas China-Mianmar e o golpe militar de 2021. REGEO- REVISTA INTERDISCIPLINAR, 14(1), 1-16. https://revistageo.com.br/revista/article/view/434