MINERAÇÃO DE FUTUROS: TERRAS RARAS, TRANSIÇÃO ENERGÉTICA E O NOVO PACTO SOCIAL

Resumo

Esta pesquisa disseca o paradoxo brasileiro da opulência em Terras Raras e minerais críticos versus a vulnerabilidade social, enfrentando o problema central de como transmutar essa riqueza geológica em desenvolvimento soberano, tecnológico e equidade humana. Mediante revisão bibliográfica sistemática e método hipotético-dedutivo, examinou-se a evolução histórica do setor, a hegemonia chinesa na geopolítica da transição energética e o imperativo da verticalização industrial. A análise revela que o modelo de exportação de commodities brutas é obsoleto, defendendo a internalização de cadeias de valor tecnológicas e a aplicação de remineralizadores na agricultura. Fundamentado na constitucionalidade dos recursos como bens da União, conclui-se, que a mineração deve transcender o extrativismo para se tornar um vetor de inovação e justiça intergeracional. A gestão estratégica, aliada à economia circular e rigorosos critérios ESG, é apontada como o único caminho viável para que o Brasil deixe de ser apenas a mina do mundo e se converta em uma potência tecnológica e socialmente justa na era da descarbonização global.