PEDAGOGY OF COMPETENCIES AND TEACHING WORK: TENSIONS BETWEEN INSTRUMENTAL TRAINING AND THE EMANCIPATORY PERSPECTIVE
DOI:
https://doi.org/10.56238/revgeov16n5-051Keywords:
Pedagogy of Competences, Teaching Work, Human FormationAbstract
This article analyzes the influence of the Pedagogy of Competencies on the reconfiguration of teaching work and contemporary conceptions of human development, highlighting how educational policies, marked by administrative logic and adaptation to market demands, subordinate pedagogical practices to a productivist bias. The article discusses the impact of this model on the intensification of teachers' tasks, the precariousness of their autonomy, and the dissemination of pragmatic perspectives that promote individual blame for academic failure. It also highlights the tension between technical training and critical development, clarifying that the pursuit of immediate results neglects structural conditions and impedes the consolidation of an emancipatory perspective. To this end, an analysis is conducted, based on a literature review, which allows us to understand the effects of the Pedagogy of Competencies on pedagogical practices and teacher development. Finally, the importance of objective working conditions is highlighted, linked to the valorization of a critical pedagogy that supports a democratic and humanizing educational project.
Downloads
References
ALVES, G. Trabalho e subjetividade: o espírito do toyotismo na era do capitalismo manipulatório. São Paulo: Boitempo, 2011.
ANTUNES, R. O caracol e sua concha: ensaios sobre a nova morfologia do trabalho. São Paulo: Boitempo, 2005.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental. Brasília, DF: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasília, DF: MEC/CNE, 2001.
BROOKE, N. Responsabilização e prestação de contas na avaliação: Controvérsias sobre políticas de alto impacto. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 43, n. 148, p. 336-347, 2013.
CHESNAIS, F. A mundialização do capital. São Paulo: Xamã, 1996.
CONTRERAS, J. A autonomia de professores. São Paulo: Cortez, 2012.
DIAS, R. E.; LOPES, A. C. Competências na formação de professores no Brasil: o que (não) há de novo. Educação & Sociedade, Campinas, v. 24, n. 85, p. 1155-1177, dez. 2003.
DUARTE, N. As pedagogias do “aprender a aprender” e algumas ilusões da assim chamada sociedade do conhecimento. In: DUARTE, N. Sociedade do conhecimento ou sociedade das ilusões? Quatro ensaios crítico-dialéticos em filosofia da educação. Campinas: Autores Associados, 2008. p. 5-16.
ENGUITA, M. A ambiguidade da docência: entre o profissionalismo e a proletarização. Teoria e educação, Porto Alegre, n. 4, p. 41-61, 1991.
FERNANDES, C. de O. Avaliação, currículo e suas implicações: projetos de sociedade em disputa. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 9, n. 17, p. 397-408, jul./dez. 2015.
FLICKINGER, H. G. A caminho de uma Pedagogia Hermenêutica. Campinas: Autores Associados, 2010.
FREITAS, L. C. de. Caminhos da avaliação de sistemas educacionais no Brasil: o embate entre a cultura da auditoria e a cultura da avaliação. In: BAUER, A.; GATTI, B. (Orgs.). Vinte e cinco anos de avaliação de sistemas educacionais no Brasil. Florianópolis: Insular, 2013. p. 120-147.
FRIGOTTO, G. A formação e a profissionalização do educador: novos desafios. In: SILVA, T. T.; GENTILI, P. (Orgs.). Escola S. A.: quem ganha e quem perde no mercado educacional do neoliberalismo. Brasília, DF: CNTE, 1996. p. 75-105.
FRIGOTTO, G. A produtividade da escola improdutiva: um (re)exame das relações entre educação e estrutura econômico-social capitalista. São Paulo: Cortez, 2010.
GIANNOTTI, J. A. Vozes sem voto. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 19 jun. 2013.
GIROUX, H. Os Professores como Intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
GUIMARÃES, G. T. D. Aspectos da teoria do cotidiano: Agnes Heller em perspectiva. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002.
HARVEY, D. Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1992.
HARVEY, D. Os limites do capital. São Paulo: Boitempo, 2013.
HELLER, A. O quotidiano e a história. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1972.
KUENZER, A. Z. As políticas de formação: A constituição da identidade do professor sobrante. Educação & Sociedade, Campinas, ano XX, n. 68, p. 163-183, dez. 1999.
LIMA FILHO, D. L. Reformas educacionais e redefinição da formação do sujeito. In: SOUZA, J. dos S.; ARAÚJO, R. (Orgs.). Trabalho, educação e sociabilidade. Maringá: Práxis, 2010. p. 227-254.
MARCELINO, P. R. P. A lógica da precarização. São Paulo: Expressão Popular, 2004.
MARTINS, L. M. A formação social da personalidade do professor: um enfoque vigotskiano. Campinas: Autores Associados, 2015.
MARX, K. O Capital: crítica da economia política. Rio de Janeiro: Bertand Brasil, 1980.
MAUÉS, O. C. Os organismos internacionais e as políticas públicas educacionais no Brasil. In: GONÇALVES, L. A. O. (Org.). Currículo e políticas públicas. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. p. 9-27.
MÉSZÁROS, I. A crise estrutural do capital. São Paulo: Boitempo, 2009.
PERRENOUD, P. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
RAMOS, M. N. A pedagogia das competências: autonomia ou adaptação? 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
ROTESKI, N.; DERISSO, J. L. Estado, políticas sociais e pedagogia histórico-crítica. Revista on line de Política e Gestão Educacional, [s. l.], v. 25, n. 2, maio/ago. 2021, p. 1192-1206.
SANTOMÉ, J. T. Evitando o debate sobre a cultura no sistema educacional: como ser competente sem conhecimento. In: SACRISTÁN, J. G. et al. (Orgs.). Educar por competências: o que há de novo? Porto Alegre: Artmed, 2011. p. 160-197.
SANTOS, J. E. R. dos. Política de avaliações externas: a ênfase na questão das competências cognitivas e socioemocionais. 2018. 170 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Araraquara, 2018.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 11 ed. rev. Campinas: Autores Associados, 2013.
SCHÖN, D. Educando o profissional reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Tradução de Roberto Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SILVA, E. P.; HELOANI, J. R.; PIOLLI, E. Autonomia controlada e adoecimento do professor. Educação e Políticas em Debate, Uberlândia, v. 2, n. 2, p. 370-383, jul./dez. 2012.
SILVA, M. M. da. A formação de competências socioemocionais como estratégia para captura da subjetividade da classe trabalhadora. 2015. 170 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2015.
SOUSA, S. M. Z. L. Possíveis impactos das políticas de avaliação no currículo escolar. Cadernos de Pesquisa, [s. l.], n. 119, p. 175-190, jul. 2003.